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Desafios na trajetória do Jovem Trabalhador

Desafios na trajetória do Jovem Trabalhador

Alexandre Cézar de Oliveira Melo*

Por iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a data de 24 de abril foi escolhida para a comemoração do Dia Internacional do Jovem Trabalhador. A relevância desta data cresce na mesma proporção em que se ampliam os desafios para a entrada dos jovens no mercado de trabalho, seja no Brasil ou qualquer outra parte do mundo, principalmente face à grave crise global provocado pela pandemia do Covid-19.
Há um esforço global para estimular a contratação de profissionais com pouca ou sem nenhuma experiência e, nesse sentido, a data acima destaca a importância do jovem trabalhador no mercado de trabalho. Existem muitas vantagens na convivência entre jovens e profissionais mais experientes, de gerações diferentes que possuem pontos de vista e pretensões distintas, pois descobrem alternativas para trabalharem juntas no mesmo contexto profissional, compartilhando conhecimentos, experiências e buscando objetivos comuns. 
O jovem trabalhador influencia positivamente o ambiente profissional onde atua, compartilha teorias e interesses que poderão proporcionar mudanças em prol da evolução da organização contratante e da equipe da qual faz parte. O problema é que parte significativa da taxa de desocupação no nosso país é composta por jovens trabalhadores com idades entre 18 e 24 anos. E esse cenário piorou muito nestes tempos de pandemia.
Vivemos um momento crucial com o enfrentamento da escassez de vagas para os jovens sem experiência. Neste contexto, instituições denominadas de entidades qualificadoras ou capacitadoras, tais como o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE / MG), trabalham arduamente para qualificar e instrumentalizar esses jovens com conhecimentos e ferramentas que poderão aumentar as chances de conquistarem uma oportunidade de trabalho.  
Muitos jovens iniciam suas carreiras como aprendizes, condição especial para a contratação de trabalhadores na faixa de 14 a 24 anos, regulamentada desde o ano 2000, mas que já se fazia presente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
O cenário atual atípico, repleto de mudanças como o isolamento social, atividades de Home Office, atendimento remoto e muitas incertezas. O CIEE / MG, como instituição qualificadora, reforça seu compromisso de continuar auxiliando adolescentes e jovens na inserção no mercado de trabalho. Estamos isolados socialmente, mas nossos colaboradores continuam atendendo às empresas, às escolas e aos estudantes de forma remota, pois estamos nos esforçando para manter as contratações de nossos aprendizes e estagiários também com a mesma qualidade e agilidade de sempre. Para viabilizar tais contratações, todos os documentos são assinados digitalmente.
A capacitação presencial teórica dos nossos aprendizes está suspensa, mas disponibilizamos uma plataforma de cursos de capacitação denominada Saber Virtual, em parceria com o CIEE de São Paulo, por meio da qual os aprendizes têm acesso online a diversos conteúdos. Nossos instrutores de aprendizagem continuam acompanhando remotamente o desempenho dos aprendizes com os diversos recursos tecnológicos hoje disponíveis.

É bom ressaltar que algumas organizações, de acordo com seu porte, são obrigadas a contratar uma determinada cota de aprendizes e recebem como incentivo a redução dos encargos contratuais.
Mesmo neste momento atípico, as empresas interessadas em conhecer as vantagens na contratação de aprendizes e estagiários poderão contar os nossos consultores. Ao apoiar essa importante causa, a empresa contribui para o futuro profissional de milhares de jovens. Mais do que nunca, investir na capacidade dos jovens, inserindo-os no mercado de trabalho, é um compromisso social do empresariado.

 

* Professor e supervisor de comunicação do CIEE / MG

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Manoel Hygino o autor é Membro Fundador do CIEE/MG, membro da Academia Mineira de Letras e colunista do jornal Hoje em Dia ---------…

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