A capacitação teórica de jovens aprendizes é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e inclusiva, proporcionando aos jovens a oportunidade de adquirir conhecimentos e habilidades necessárias para ingressar no mercado de trabalho de forma qualificada. O modelo de Educação a Distância (EaD) surge como uma ferramenta valiosa para levar esse aprendizado a jovens em áreas remotas e cidades do interior, onde as instituições muitas vezes não possuem infraestrutura para oferecer cursos presenciais. 

Equipe de aprendizes da Nacional Grafite em Salto da Divisa, norte de Minas.

O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) desempenha um papel crucial como agente de integração, atuando como intermediário entre as empresas contratantes e os jovens aprendizes. Dentre suas responsabilidades, o CIEE/MG realiza todo o processo de divulgação, seleção, acompanhamento e, essencialmente, a capacitação teórica dos aprendizes. É nessa etapa que a metodologia da Fundação Roberto Marinho é aplicada, contribuindo para a eficácia e qualidade do programa. 

A adoção do modelo EaD nesse contexto é especialmente relevante, pois possibilita que a capacitação alcance jovens em pequenas cidades do interior de Minas Gerais, onde a oferta de cursos presenciais pode ser escassa ou inviável. Através da educação a distância, os jovens têm acesso a conteúdo teórico relevante, desenvolvido com base nas demandas do mercado de trabalho atual e nas necessidades específicas de cada área de atuação. 

A realização da capacitação teórica de forma remota permite que o jovem aprendiz concilie seus estudos com as atividades práticas desenvolvidas na empresa contratante. Essa flexibilidade de horários é essencial para que o aprendiz possa se dedicar ao programa de aprendizagem sem comprometer suas obrigações diárias, criando assim uma experiência de aprendizado mais inclusiva e adaptada à realidade desses jovens. 

Outro ponto a se destacar é a relevância legal da capacitação teórica para empresas com mais de 7 funcionários com formação profissional, conforme previsto no artigo 429 da CLT. O cumprimento dessa exigência garante que os jovens sejam devidamente preparados para desempenhar suas funções de acordo com as normas trabalhistas e contribui para a formação de profissionais mais capacitados e conscientes de seus direitos e deveres no ambiente de trabalho. 

O Programa Aprendiz Legal aplicado pelo CIEE/MG em parceria com a Fundação Roberto Marinho tem se mostrado eficiente na capacitação de aprendizes em pequenas cidades como Salto da Divisa, Pedra Azul e São João da Ponte. Essas localidades, que muitas vezes são desfavorecidas em termos de acesso a oportunidades educacionais, encontram no EaD uma chance de desenvolvimento pessoal e profissional. 

Além disso, a capacitação teórica também contribui para diminuir as desigualdades sociais ao promover a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade, proporcionando-lhes novas perspectivas e chances de crescimento pessoal e profissional. 

Em resumo, a realização da capacitação teórica de jovens aprendizes no modelo EaD, através do Programa Aprendiz Legal aplicado pelo CIEE/MG com a metodologia da Fundação Roberto Marinho, representa um importante passo rumo à democratização do conhecimento e à formação de profissionais mais qualificados e preparados para os desafios do mercado de trabalho. Ao promover a inclusão e o desenvolvimento de jovens em áreas remotas, o programa contribui para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e economicamente sustentável.