Aprendizes lutam em defesa mais de 400 mil vagas
Na manhã desta segunda-feira (16), centenas de aprendizes do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) e de outras entidades capacitadoras tomaram conta da Praça Afonso Arinos e de lá participaram de uma marcha até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A manifestação pacífica, organizada por diferentes entidades de aprendizagem, aconteceu também em outros lugares em todo o país e foi chamada de “Marcha Nacional Pela Aprendizagem”.
Fernando Beiral - Divulgação - CIEE/MG
Foto: Aprendizes ganham as ruas de BH na defesa de seus direitos
Há mais de duas décadas, o programa de aprendizagem é a principal política de inserção de adolescentes e jovens no mercado de trabalho e que vem sofrendo diversos ataques nos últimos tempos. O mais recente ocorreu na semana passada, por meio da publicação da medida provisória nº 1.116/22 que precariza o programa e reduz a cota de aprendizagem profissional no País.
A Marcha da Aprendizagem em Belo Horizonte mobilizou em torno de 500 aprendizes, instrutores e gestores das entidades. Os participantes reivindicaram aos brandos “Tá de sacanagem, tira a mão da minha aprendizagem” e “A nossa luta não vai parar, a aprendizagem tem o seu lugar”. Durante o ato foi entregue uma carta aberta, contendo as assinaturas dos aprendizes, direcionada ao Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Estadual Agostinho Patrus (PV), para as assessorias da presidência da ALMG e dos deputados Ana Paula Siqueira (REDE), Jean Freire (PT) e Laura Serrano (NOVO).
Fernando Beiral - Divulgação - CIEE/MG
Foto: Aprendiz do CIEE/MG entrega Carta Aberta à assessoria da ALMG
De acordo com a coordenadora do Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente em Minas Gerais (FECTIPA), Elvira Consedey, a participação dos aprendizes em uma manifestação como essa, que envolve a defesa de seus próprios interesses é muito importante. “Esta é uma manifestação política em que, de forma pacífica, ganhamos as ruas e estamos aqui, diante do legislativo mineiro, lutando para proteger os direitos de acesso justo ao mercado de trabalho e de um futuro melhor para a nossa juventude”, ressaltou.
A MP reduz em 50% o número de vagas para jovens em vulnerabilidade social, além de precarizar o trabalho em situações, o que é um crime contra a oportunidade de trabalho para jovens vulneráveis.